Quando você digita algum endereço no navegador, na maioria das vezes aparece o http antes do famoso www. O HTTP é o acrônimo de HiperText Transfer Protocol, ou seja, protocolo de transferência de hipertexto.
A linguagem base para desenvolver uma página na web é o HTML, acrônimo de HyperText Mark up Language, ou seja, linguagem de marcação de hipertexto. Neste momento, não temos dúvidas de que o hipertexto faz parte da web.
Mas o que vem a ser hipertexto?
De acordo com Lévy (1999, p. 40), "o hipertexto é constituído por nós (os elementos de informação, parágrafos, páginas, imagens, sequências musicais etc.) e por links entre esses nós, referências, notas, ponteiros, "botões" indicando a passagem de um nó a outro". Esses nós podem ser qualquer coisa, arquivos, pessoas, computadores, webite, cidade, empresa, uma infinidade de possibilidades interconectáveis.
A partir dessas interconexões, Lévy (1993, p. 25) propõe seis princípios do hipertexto. São eles:
1. Princípio da metamorfose: está em constante mudança, sua estabilidade é fruto de um esforço.
2. Princípio da heterogeneidade: cada nó pode ser qualquer coisa, áudio, vídeo, texto, imagem etc.
3. Princípio da multiplicidade e de encaixe das escalas: em um nó pode conter uma rede inteira. Um website, que é composto por vários nós, pode ser em considerado um nó em determinadas situações.
4. Princípio de exterioridade: o tamanho da rede depende de um exterior indeterminado, neste momento, qualquer um pode adicionar ou excluir um nó da rede.
5. Princípio de topologia: tudo é questão de caminhos, conexões entre os nós.
6. Princípio de mobilidade dos centros: não existe um centro, existem vários centros, pontos luminosos que podem dar sentido ou direcionamento para a rede.
A imagem a seguir, ilustra o conceito de hipertexto, bem como seus seis princípios:
Baseando-se na representação imagética do hipertexto e seus princípios, pode-se sugerir que trabalhar conteúdos adaptados à hipermídia (mídia baseada no hipertexto), deve-se adotar a seguinte orientação:
1. Conteúdo não linear: cada pessoa pode escolher a sequência de conteúdo.
2. Conteúdo interativo: estabelecer uma conversa com o usuário, permitir colaboração.
3. Conteúdo sob demanda: poder acessar quando quiser.
Referências:
LÉVY, P. As Tecnologias da Inteligência. São Paulo: Ed. 34, 1993.
____. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999.
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1 comentários:
Write comentáriosMuito esclarecedora essa postagem! :)
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