Não é o propósito entrar nesta discussão. O fato é que a arquitetura de informação é algo essencial e, geralmente, inerente à profissão de comunicação em tecnologia.
Cumpre a função de comunicador aquele profissional com a preocupação com o destinatário da informação, tecnicamente chamado de usuário e filosoficamente, considerado por Lévy (1993), de ator social.
O autor (Ibid.) considera o usuário um ator social porque ele exerce um papel que vai além de usar o produto tecnológico, seja software seja hardware. Ele quer interagir - no sentido de conversar-, com a informação e transformá-la por meio do compartilhamento e publicação mesclada com outros tipos de conteúdo, facilitada pelas ferramentas digitais de edição.
Os recursos de copiar e colar, os famosos atalhos Ctrl+C e Ctrl+V, dão liberdade de edição de conteúdo para qualquer pessoa. É possível impedir? Alguns utilizam scripts para bloquear estes comandos, mas não adianta pois existe, ainda, o recurso de capturar tela, que é uma variação do comando copiar aplicado às interfaces.
Existem diferentes formas de passar a ideia de um website ou produto digital ao cliente e ao desenvolvedor:
Especificações de requisitos - São textos que descrevem as telas, suas funções e seu público. Pode abordar também as questões de usabilidade. É possível descrever os requisitos em qualquer software de edição de texto (ex. Word - da Microsoft) ou sistemas específicos para esta finalidade (ex. Team Foundation Service - TFS - também da Microsoft). Vejam exemplos para especificação de requisitos na área de tecnologia:
Wireframe - demonstram blocos de conteúdo e sua organização nas telas. Existem alguns sistemas específicos para desenhar wireframes, construir os mockups, como o Cacoo (http://cacoo.com/) e o Balsamiq (http://balsamiq.com/). Este último possui uma versão gratuita de plugins para o Google Drive.
Ao lado, veja um exemplo de wireframe para a rede social Pinterest.
Protótipo - simulação das telas, apresentação do layout. Desta forma, existe uma noção maior de como será o resultado final. O protótipo é uma das formas mais eficientes para diminuir os problemas de interpretação sobre o que o projeto precisa ser.
A vantagem de utilizar o Axure é que ele oferece as três formas de documentação, além de permitir a criação de um protótipo simulado, que chega a ficar bem próximo do resultado final, inclusive com as exemplificações das ações e interações com os objetos em tela.
Referência:
LÉVY, P. As Tecnologias da Inteligência. São Paulo: Ed. 34, 1993.
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